Societário, Sucessório e Tributário

Os 3 Erros Que Custam R$ 10 Milhões na Estruturação Patrimonial

11 de ago. de 2025

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Editorial MAM

O Editorial MAM é formado por um núcleo estratégico da MAM Trust & Equity, composto por especialistas em sucessão, governança, estruturação internacional, fiscal e societária. Com mais de duas décadas de atuação no mercado, o time se dedica à produção de conteúdos que esclarecem os principais movimentos que impactam grandes fortunas.

Em 21 anos estruturando patrimônios para famílias brasileiras, identificamos três erros que se repetem com frequência alarmante. Cada um deles pode custar milhões em perdas desnecessárias, processos judiciais e oportunidades desperdiçadas.

Hoje vou revelar esses três erros - e como evitá-los.

Erro #1: Manter Patrimônio na Pessoa Física

Custo médio: R$2-8 milhões em exposições desnecessárias

Este é o erro mais comum e mais caro. No Brasil, manter patrimônio diretamente em seu nome é como deixar a porta de casa aberta em um bairro perigoso.

Por que é tão perigoso?

O judiciário brasileiro permite ao juiz uma liberdade quase arbitrária para bloquear bens de pessoas físicas. Não importa se você é inocente, se o processo não tem relação com seus bens pessoais, ou se a ação é claramente infundada.

Caso real: Empresário do setor de logística teve R

.45milhões bloqueados por uma ação trabalhista R 80.000. O bloqueio incluiu sua residência, investimentos pessoais e até mesmo contas da esposa. Tempo para resolver: meses.

A matemática do erro:
  • Patrimônio bloqueado: R$45 milhões

  • Valor da ação: R$80.000

  • Custos legais: R$1,2 milhão

  • Oportunidades perdidas: R$ 3,8 milhões (considerando rendimento médio)

  • Custo total: R$ 5 milhões

Custo de estruturação adequada: R$120.000

Economia: R$ 4,88 milhões

ERRO #2: Misturar Patrimônios na Mesma Pessoa Jurídica

Custo médio: R$3-12 milhões em exposição cruzadas

Este erro é sutil, mas devastador. Famílias mantêm imóveis, empresas operacionais e investimentos na mesma holding, criando uma "contaminação" de riscos.

O que acontece na prática:

Imagine uma holding que possui:

• O galpão onde funciona a indústria

• Participações em outras empresas

• Imóveis de renda

• Investimentos financeiros

Se a indústria enfrentar problemas trabalhistas, todos os ativos ficam expostos, incluindo imóveis que não têm qualquer relação com o problema.

Caso real: Família do setor alimentício mantinha R$80 milhões em ativos misturados. Uma ação ambiental contra a fábrica resultou em bloqueio de todo o patrimônio familiar, incluindo apartamentos de renda e investimentos pessoais.

A contaminação em números:

• Patrimônio total: R$80 milhões

• Patrimônio relacionado ao problema: R$8 milhões (apenas a fábrica)

• Patrimônio bloqueado desnecessariamente: R$72 milhões

• Tempo de bloqueio: 18 meses

• Custo de oportunidade: R$6,5 milhões

ERRO #3: Escolher o Tipo Societário Equivocado

Custo médio: R$1,5 milhões em proteção inadequada

No Brasil, existe uma diferença fundamental entre Sociedades Limitadas e Sociedades Anônimas que poucos compreendem.

A ilusão da "limitação":

Apesar do nome, no Brasil a responsabilidade em Sociedades Limitadas não é verdadeiramente limitada como em outros países. O judiciário pode, e frequentemente o faz, responsabilizar sócios por dívidas da empresa.

Sociedades Anônimas: A proteção real

As S.A.s são regidas por lei própria e oferecem:

• Clara separação entre empresa e acionista

• Proteção superior contra responsabilização pessoal

• Maior segurança jurídica

• Melhor estrutura para governança familiar

Caso real: Dois empresários com patrimônios similares (R$50 milhões cada). Um estruturado em Limitadas, outro em S.A.s.

Empresário A (Limitadas):

• Ação judicial: R$2 milhões

• Responsabilização pessoal: R$15 milhões

• Custos legais: R$800.000

Tempo para resolver: 30 meses

Empresário B (S.A.s):

• Mesma ação judicial: R$2 milhões

• Responsabilização pessoal: Zero

• Custos legais: R$150.000

  • Tempo para resolver: 6meses

Diferença: R$15,65 milhões + 24 meses de tranquilidade

Por Que Esses Erros São Tão Comuns?

1. Falta de Conhecimento Especializado

A maioria dos contadores não possui formação em estruturação patrimonial para famílias de alta renda. Eles aplicam soluções genéricas para problemas específicos.

  1. Visão de Curto Prazo

Famílias focam no custo imediato da estruturação, ignorando os riscos de longo prazo. É como economizar no seguro do carro para depois pagar o conserto total.

3. Falsa Sensação de Segurança

"Nunca tive problemas antes" é a frase mais perigosa no planejamento patrimonial. Riscos não avisam quando vão se materializar.

A Solução: Estruturação Inteligente

Princípio 1: Segregação Total

Cada tipo de ativo deve estar em sua própria estrutura:

Holdings imobiliárias: Apenas imóveis

  • Holdings empresariais: Apenas participações societárias

• Holdings patrimoniais: Apenas investimentos financeiros

Princípio 2: Tipo Societário Adequado

Análise específica para cada situação, priorizando S.A.s quando a proteção patrimonial for crítica.

Princípio 3: Governança Estruturada

Regras claras para gestão, distribuição e transmissão, evitando conflitos e decisões inadequadas.

O Custo Real de Não Agir

Vamos fazer uma conta simples:

Patrimônio de R$50 milhões sem estruturação adequada:

• Probabilidade de problema jurídico em 10 anos: 60%

• Custo médio quando o problema acontece: R$5-15 milhões

Custo esperado: R$3-9 milhões

Custo de estruturação adequada: R$200.000-500.000

A matemática é clara: O custo de não se proteger é sempre maior que o custo de se

proteger.

Sinais de Que Você Está Cometendo Esses Erros

• Patrimônio superior a R$10 milhões na pessoa física

• Holdings com ativos misturados (imóveis + empresas + investimentos)

• Estruturas societárias criadas sem análise de risco

• Ausência de revisão patrimonial nos últimos 3 anos

• Contabilidade focada apenas em obrigações fiscais

O Primeiro Passo

Antes de qualquer reestruturação, é fundamental mapear sua situação atual:

• Quais erros você está cometendo?

• Qual o nível de exposição do seu patrimônio?

• Quais oportunidades de proteção existem?

A pergunta crítica: Você sabe exatamente quais desses erros está cometendo neste

momento?

A Diferença Entre Famílias Que Preservam e Que Perdem Patrimônio

Famílias que preservam patrimônio por gerações têm uma característica em comum: elas investem em conhecimento antes de investir em estruturas.

Elas reconhecem que proteção patrimonial não é custo - é investimento. E como todo investimento inteligente, começa com análise adequada da situação atual.

Porque no final do dia, a diferença entre preservar R$50 milhões sem perder R 10 milhões está em três decisões simples:

  • Não manter patrimônio na pessoa física

  • Segregar adequadamente os ativos

  • Escolher o tipo societário correto

Decisões que custam milhares para implementar, mas que economizam milhões em

proteção.

Onde Você Está em Sua Jornada Patrimonial?

Seus investimentos estão adequadamente diversificados? Sua proteção patrimonial é suficiente? Sua estrutura tributária está otimizada?

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