Seguridade
Por Que 85% das Famílias Ricas Negligenciam Cobertura de Riscos Residenciais
2 de out. de 2025

Editorial MAM
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O Editorial MAM é formado por um núcleo estratégico da MAM Trust & Equity, composto por especialistas em sucessão, governança, estruturação internacional, fiscal e societária. Com mais de duas décadas de atuação no mercado, o time se dedica à produção de conteúdos que esclarecem os principais movimentos que impactam grandes fortunas.
O Erro de R$ 10 Milhões: Por Que 85% das Famílias Ricas Negligenciam Cobertura de Riscos Residenciais
Você investe milhões em estruturas societárias sofisticadas, dedica atenção meticulosa a
investimentos financeiros complexos e implementa planejamento sucessório elaborado.
Mas quando foi a última vez que revisou a cobertura de riscos das suas residências? Se a
resposta for "nunca" ou "há muito tempo", você não está sozinho. Surpreendentemente,
85% das famílias patrimonializadas negligenciam completamente a proteção básica dos
seus imóveis residenciais.
Esta negligência representa um dos paradoxos mais intrigantes na gestão patrimonial
moderna. Famílias que demonstram sofisticação extraordinária em estratégias
financeiras complexas frequentemente ignoram uma proteção simples, barata e
extraordinariamente eficaz contra perdas potencialmente devastadoras.
O Paradoxo da Sofisticação Seletiva
A experiência de décadas trabalhando com famílias ultra-high net worth revela um
padrão consistente e preocupante. Estas famílias investem centenas de milhares de reais
em consultoria para estruturação patrimonial, dedicam meses ao planejamento de
investimentos internacionais e implementam governança familiar complexa.
Simultaneamente, deixam residências avaliadas em milhões completamente expostas a
riscos facilmente mitigáveis.
Este comportamento pode ser atribuído a diversos fatores psicológicos e práticos. A
percepção de baixa probabilidade de eventos como incêndios e alagamentos cria uma
falsa sensação de segurança. Famílias patrimonializadas frequentemente superestimam
sua capacidade de prevenir ou mitigar danos através de medidas físicas de segurança,
ignorando que mesmo as melhores precauções não eliminam completamente os riscos.
Adicionalmente, a ausência de experiência direta com sinistros significativos contribui
para esta negligência. Quando nunca se vivenciou um incêndio ou alagamento
devastador, é natural subestimar sua possibilidade e impacto. Esta ilusão de controle é
particularmente perigosa porque cria uma exposição desproporcional a riscos
facilmente transferíveis.
A Realidade Brutal dos Sinistros
A experiência prática revela uma realidade muito diferente da percepção comum.
Sinistros residenciais não são eventos teóricos ou estatísticas abstratas. São ocorrências
reais que destroem patrimônios e interrompem vidas de forma devastadora.
Incêndios residenciais podem consumir décadas de acumulação patrimonial em
questão de horas. Uma residência de R$ 10 milhões pode ser completamente destruída,
resultando não apenas na perda do imóvel, mas também de todo o conteúdo, incluindo
obras de arte, antiguidades, documentos importantes e itens de valor sentimental
insubstituível.
Alagamentos, particularmente em casas de praia e propriedades próximas a rios,
representam outro risco significativo frequentemente subestimado. A proximidade com
o mar cria desafios específicos relacionados ao sal e salitre, que aceleram processos de
deterioração e aumentam a vulnerabilidade a danos estruturais.
A frustração de observar famílias que despertam para a importância da cobertura
apenas após o sinistro é particularmente dolorosa. Neste momento, não há mais o que
fazer além de lamentar a oportunidade perdida de proteção a um custo irrisório.
A Matemática Implacável da Exposição
Para compreender a magnitude desta negligência, considere a matemática simples da
exposição ao risco. Uma residência avaliada em R$ 10 milhões pode ser adequadamente
protegida por aproximadamente R$ 5.000 anuais em seguro. Esta relação representa
0,05% do valor do imóvel por ano.
Compare esta relação com outros tipos de seguro que as mesmas famílias contratam
sem hesitação. Seguros de automóveis frequentemente custam 2% a 4% do valor do
veículo anualmente. Seguros de vida podem representar percentuais ainda maiores da
cobertura contratada. A cobertura residencial oferece uma relação custo-benefício
extraordinariamente superior.
Esta assimetria favorável torna-se ainda mais evidente quando consideramos o impacto
potencial. A perda total de um automóvel, embora inconveniente, raramente representa
uma catástrofe financeira para famílias patrimonializadas. A perda de uma residência
principal, com todo seu conteúdo, pode representar uma devastação patrimonial e
emocional de magnitude completamente diferente.
Além da Proteção Financeira
A negligência na cobertura de riscos residenciais ignora benefícios que transcendem a
proteção financeira direta. Seguros residenciais modernos oferecem uma gama de
serviços de assistência que agregam valor significativo ao dia a dia das famílias.
Serviços como reparo de eletrodomésticos, assistência de chaveiro, suporte para
pequenos reparos e manutenção preventiva são utilizados regularmente pelos
segurados. Estes serviços não apenas oferecem conveniência, mas também acesso a
uma rede de prestadores qualificados e pré-aprovados.
Mais importante ainda, a cobertura adequada proporciona tranquilidade genuína.
Famílias com proteção adequada podem desfrutar de suas residências sem a
preocupação constante com riscos potenciais. Esta tranquilidade tem valor intangível,
mas real, especialmente para famílias que já enfrentam complexidades significativas na
gestão de patrimônios substanciais.
O Custo da Inconsistência Estratégica
Para famílias que investem significativamente em estratégias sofisticadas de
preservação patrimonial, a negligência de riscos residenciais representa uma
inconsistência fundamental e potencialmente custosa.
É profundamente incongruente implementar estruturas societárias complexas para
proteção patrimonial enquanto se negligencia a proteção básica de ativos residenciais
significativos. Esta inconsistência cria uma vulnerabilidade desproporcional que pode
comprometer toda a estratégia de preservação patrimonial.
Considere uma família que investe R$ 500.000 em estruturação patrimonial sofisticada
para proteger um patrimônio de R$ 100 milhões, mas negligencia R$ 15.000 anuais em
seguros para proteger R$ 30 milhões em imóveis residenciais. Esta alocação de recursos
é fundamentalmente irracional e expõe a família a riscos desnecessários.
A Abordagem Profissional
Uma abordagem verdadeiramente profissional à preservação patrimonial reconhece
que a proteção deve ser abrangente e proporcional. Não faz sentido proteger
sofisticadamente alguns componentes do patrimônio enquanto se deixa outros
completamente expostos.
O seguro residencial deve ser considerado um custo básico de carregamento do imóvel,
assim como IPTU, condomínio e manutenção. Não é uma despesa opcional ou um luxo,
mas uma necessidade fundamental para qualquer proprietário responsável.
Esta mentalidade profissional reconhece que a gestão de riscos não se trata apenas de
probabilidades, mas também de impactos potenciais. Mesmo eventos de baixa
probabilidade justificam proteção quando seus impactos potenciais são severos e o
custo da proteção é proporcionalmente baixo.
A Urgência da Ação
A negligência na cobertura de riscos residenciais não é apenas um erro teórico, mas uma
vulnerabilidade real que se materializa regularmente. Cada dia sem cobertura adequada
representa uma exposição desnecessária a perdas potencialmente devastadoras.
A implementação de coberturas adequadas é operacionalmente simples e
financeiramente acessível. Não requer reestruturações complexas, aprovações
regulatórias ou investimentos significativos de tempo. Pode ser implementada
rapidamente através de corretores qualificados e seguradoras especializadas.
Para famílias que já reconhecem a importância da preservação patrimonial, a extensão
desta proteção às residências representa uma evolução natural e necessária. É uma
demonstração de consistência estratégica e responsabilidade patrimonial.
A pergunta não é se você pode se dar ao luxo de implementar cobertura adequada para
suas residências. A pergunta é: você pode se dar ao luxo de continuar exposto a riscos
facilmente mitigáveis? A resposta deveria ser óbvia para qualquer família comprometida
com a preservação responsável do seu patrimônio.
A avaliação abrangente dos riscos associados às suas propriedades residenciais pode
revelar vulnerabilidades significativas que você pode estar negligenciando. Um
diagnóstico patrimonial completo identifica não apenas estas exposições, mas também
as estratégias mais eficazes para sua mitigação.
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