Societário, Sucessório e Tributário

Por Que Manter Patrimônio no Exterior em Seu Nome é um Erro Caro

19 de ago. de 2025

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Editorial MAM

SUCESSÓRIO/ TRIBUTARIO/ SOCIETÁRIO

O Editorial MAM é formado por um núcleo estratégico da MAM Trust & Equity, composto por especialistas em sucessão, governança, estruturação internacional, fiscal e societária. Com mais de duas décadas de atuação no mercado, o time se dedica à produção de conteúdos que esclarecem os principais movimentos que impactam grandes fortunas.

Você trabalhou anos para construir um patrimônio significativo. Diversificou geograficamente, investiu em imóveis nos Estados Unidos, tem contas em bancos suíços e uma carteira de ações internacionais robusta. Mas há um detalhe que pode estar custando muito caro: tudo isso está em seu nome pessoal.

Se essa é sua situação, você está cometendo um dos erros mais comuns - e mais caros - da gestão patrimonial internacional. Um erro que pode custar milhões em impostos desnecessários, expor seu patrimônio a riscos evitáveis e criar um pesadelo sucessório para sua família.

A Ilusão da Simplicidade

Manter ativos internacionais diretamente em nome da pessoa física parece mais simples. Não há estruturas societárias para administrar, não há custos de manutenção de empresas offshore, não há complexidade adicional. É uma ilusão perigosa.

A simplicidade aparente esconde uma série de vulnerabilidades que podem se materializar de forma devastadora:

Exposição Total do Patrimônio

Quando seus ativos internacionais estão em seu nome pessoal, eles ficam completamente expostos. Qualquer processo judicial, bloqueio de bens ou investigação pode atingir diretamente todo seu patrimônio internacional.

Imagine que você enfrenta um processo trabalhista no Brasil. Com seus ativos internacionais em nome próprio, eles podem ser facilmente identificados e bloqueados através de acordos de cooperação internacional. Sua conta na Suíça, seu imóvel em Miami, suas ações na bolsa americana - tudo fica vulnerável.

Ausência de Privacidade Patrimonial

Vivemos em uma era de transparência fiscal crescente. Acordos como o CRS (Common Reporting Standard) fazem com que informações sobre seus ativos internacionais sejam automaticamente compartilhadas entre países.

Quando seus ativos estão em nome próprio, não há camada de proteção. Qualquer pessoa com acesso a informações fiscais pode mapear exatamente onde está seu patrimônio, quanto vale e como está estruturado.

Aqui está talvez o maior problema: o que acontece com seus ativos internacionais

quando você não estiver mais aqui?

Ativos em nome de pessoa física em diferentes países criam uma complexidade sucessória que pode consumir anos e centenas de milhares de dólares para ser resolvida. Cada país tem suas próprias regras sucessórias, seus próprios impostos sobre herança e seus próprios procedimentos burocráticos.

Sua família pode enfrentar:

  • Inventários múltiplos: Um processo de inventário em cada país onde você possui

  • ativos

  • Impostos sucessórios: Tributação que pode chegar a 40% ou mais em alguns países

  • Bloqueios temporários: Ativos congelados por meses ou anos durante os processos

  • Custos legais: Advogados especializados em cada jurisdição

O Custo Real da Desorganização

Vamos analisar um caso real (com nomes alterados para preservar confidencialidade):

Família Santos - Patrimônio internacional de US$ 50 milhões distribuído em:

  • Imóveis nos EUA: US$ 20 milhões

  • Contas na Suíça: US$ 15 milhões

  • Ações internacionais: US$ 15 milhões

Tudo em nome do patriarca, pessoa física.

Quando ele faleceu, a família enfrentou:

  • Inventário nos EUA: 18 meses, US$ 300.000 em custos legais

  • Processo na Suíça: 24 meses, US$ 200.000 em custos

  • Impostos sucessórios: US$ 4 milhões (8% do patrimônio total)

  • Bloqueios temporários: 30 meses sem acesso a parte dos recursos

  • Custo total: US$ 4.5 milhões + 30 meses de stress familiar

Se o patrimônio estivesse estruturado através de veículos societários adequados, oscustos teriam sido de aproximadamente US$ 200.000 e o processo teria durado 6 meses.

Diferença: US$ 4.3 milhões e 24 meses de tranquilidade.

A Armadilha da Procrastinação

Muitas famílias reconhecem que precisam estruturar melhor seus ativos internacionais, mas sempre encontram uma desculpa para adiar:

  • "Vou organizar quando o patrimônio crescer mais"

  • "É muito complexo agora, vou deixar para depois"

  • "Os custos de estruturação são altos"

  • "Não tenho tempo para lidar com isso agora"

Cada dia de procrastinação torna a estruturação mais cara e menos eficiente. Ativos que poderiam ser transferidos para estruturas societárias sem custos tributários hoje podem gerar impostos significativos se transferidos no futuro.

A Solução: Veículos Societários Offshore

A alternativa à exposição total é a utilização de veículos societários offshore adequados. Essas estruturas criam uma camada de proteção entre você e seus ativos internacionais, oferecendo:

Proteção Patrimonial Real

Seus ativos ficam protegidos dentro de estruturas societárias que não estão diretamente vinculadas ao seu nome. Isso não significa ocultação - tudo deve ser devidamente declarado às autoridades brasileiras - mas significa proteção contra exposições desnecessárias.

Privacidade Estruturada

Embora você deva ser transparente com as autoridades fiscais, não precisa ser transparente com o mundo inteiro. Estruturas societárias adequadas oferecem privacidade legítima sobre a composição e localização do seu patrimônio.

Planejamento Sucessório Eficiente

Veículos societários permitem implementar regras sucessórias claras e eficientes. Em vez de múltiplos inventários, sua família pode herdar participações societárias que já têm regras de sucessão estabelecidas.

Flexibilidade Operacional

Estruturas societárias oferecem muito mais flexibilidade para:

  • Realizar investimentos internacionais

  • Reestruturar o patrimônio conforme necessário

  • Implementar estratégias de otimização tributária

  • Adaptar-se a mudanças regulatórias

Os Mitos Que Impedem a Ação

Mito 1: "É Muito Caro"

O custo de estruturação adequada é sempre menor que o custo de não se estruturar. Uma estrutura offshore bem planejada pode custar entre US$ 5.000 e US$ 200.000 para ser implementada, mas pode economizar milhões em impostos, custos sucessórios e proteção patrimonial.

Mito 2: "É Muito Complexo"

A complexidade existe, mas ela é gerenciada por profissionais especializados. Você não precisa entender todos os detalhes técnicos - precisa apenas tomar a decisão de se estruturar adequadamente.

Mito 3: "Vou Ter Problemas com a Receita Federal"

Estruturas offshore legítimas e devidamente declaradas não criam problemas com a Receita Federal. Pelo contrário, demonstram organização e compliance adequado.

Mito 4: "Não Tenho Patrimônio Suficiente"

Se você tem mais de US$ 5 milhões em ativos internacionais, já justifica uma estruturação básica. Se tem mais de US$ 20 milhões, a estruturação não é opcional - é obrigatória.

O Momento de Agir

A estruturação de ativos internacionais não pode ser tratada como uma prioridade secundária. Cada dia sem estruturação adequada é um dia de exposição desnecessária a riscos que podem ser facilmente evitados.

O momento ideal para estruturar foi ontem. O segundo melhor momento é agora.

Os Sinais de Que Você Precisa Agir Imediatamente
  • Você tem mais de US$ 5 milhões em ativos internacionais em nome próprio

  • Seus ativos internacionais representam mais de 30% do seu patrimônio total

  • Você não tem um plano sucessório claro para seus ativos internacionais

  • Você nunca fez uma análise de riscos dos seus ativos internacionais

  • Você não sabe exatamente quais seriam os custos sucessórios dos seus ativos atuais

A Decisão Que Define o Futuro

Manter patrimônio internacional significativo em nome próprio não é apenas ineficiente - é irresponsável. É expor sua família a riscos desnecessários e custos evitáveis.

A estruturação adequada através de veículos societários offshore não é evasão fiscal ou ocultação de patrimônio. É gestão patrimonial profissional e responsável.

Famílias verdadeiramente sofisticadas reconhecem que a proteção patrimonial não é paranoia - é prudência. E prudência exige ação.

A pergunta não é se você deve estruturar seus ativos internacionais. A pergunta é: quanto você está disposto a pagar por continuar desorganizado?

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A estruturação adequada de ativos internacionais começa com uma análise precisa da sua situação atual e dos riscos que você está correndo. Compreender exatamente onde estão as vulnerabilidades do seu patrimônio internacional é o primeiro passo para implementar a proteção adequada. Uma avaliação estruturada pode revelar não apenas os riscos que você enfrenta, mas também as oportunidades de otimização que uma estruturação adequada pode oferecer.

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